No Mato-grossense masculino sub-13, a atacante Melissa Oliveira Barreto chamou a atenção ao disputar o campeonato pelo Cacerense, sendo a única menina inscrita em toda a competição estadual. O caso de Melissa ilustra o desafio enfrentado por jovens atletas, que são forçadas a buscar espaço em times masculinos devido à escassez de equipes femininas de base no Brasil.
Apesar do desafio físico natural da categoria, a técnica de Melissa se sobressaiu, garantindo-lhe a posição de titular em alguns jogos.
A Força no Gramado
Melissa Oliveira iniciou sua trajetória no futsal no começo do ano e rapidamente se destacou por sua técnica apurada, finalização forte e facilidade para decidir jogos. Sua ascensão foi marcada por títulos, como a Copa M.M. e o Estadual Feminino de Futsal por Várzea Grande.
Apesar de gostar muito das quadras, a jogadora migrou rapidamente para o campo, onde já treinava com o irmão. Ela reconhece a dificuldade física do Sub-13 masculino: “Eu tive uma dificuldade que foi a força, pois, querendo ou não, os meninos eram mais fortes que eu”. No entanto, seu talento prevaleceu: “Mas com a bola no pé não tive problema e nem dificuldade alguma, tenho velocidade, inteligência e foco também”.

Transição e Desafios
A jogadora relata que seu destaque começou na escola, onde sempre recebia propostas para jogar em times melhores. Sua participação como única atleta feminina no Estadual Sub-13 proporcionou “aprendizados maiores com o campo”.
O talento de Melissa levanta uma questão sobre a estrutura do esporte no Brasil e em Mato Grosso: a maioria dos clubes ainda não possui categorias femininas de base. Isso obriga atletas promissoras a ficarem sem calendário e acompanhamento adequado, ou a buscarem espaço no masculino.
Próximos Passos e Legado
Agora em dezembro, Melissa disputará a Copa Mundo (futsal) por Várzea Grande em Foz do Iguaçu. O foco da jovem atleta está em evoluir e crescer, com foco e disciplina, para que “um dia o sonho se torne realidade”.
A atleta faz questão de deixar clara sua gratidão: “Isso só aconteceu na minha vida por conta de Deus. Sem Ele, nada disso teria acontecido. também pela minha família, que sempre me apoiou…”.
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